Sinceramente as condições em que estão a meter o referendo não são as melhores, mas já se passou demasiado tempo desde o último referendo, e se deixarmos passar este mais uma vez, só se estará a adiar cada vez mais a questão!
Eu também não concordo com por exemplo o aborto sem comparticipado pelo estado! Há mesmo muita informação sobre contraceptivos e qualquer jovem consegue obter pilula e preservativos grátis, por isso isto não tem nada a haver com sermos pobres ou ricos! E não são os bairros degradados que têm menos informação ou menos acesso a contraceptivos grátis, quem tem menos informação e menos acesso a estes são aqueles que vivem no interior, onde tudo fica mais longe, e há menos coisas com que se entreter!
Fausto quanto ao papel do pai sobre se a mãe pode ou não fazer o aborto, concordo contigo que até devia ser levado em consideração, mas não é possível aplicar tal medida! Não é possível fazer testes de paternidade a uma criança que ainda não nasceu, logo se uma mulher quizer fazer um aborto sem a autorização do homem que a engravidou, pode recusar-se a revelar o nome do pai, ou mesmo arranjar um amigo que diga que é o pai, logo, isso é uma medida impossível de aplicar!!
Acham mesmo que daqui a mais 5 anos a mentalidade do povo português vai mudar alguma coisa em relação ao uso de contraceptivos, pilula do dia seguinte ou aborto?
No fundo no fundo, o que acaba por acontecer é que os abortos acontecem na mesma, provavelmente em condições piores do que poderiam ser feitos; os profissionais que os fazem até ganham mais dinheiro por ser ilegal (metade é lucro como estava no artigo que o Fausto mandou); por ser legal em Espanha e ilegal em Portugal, os espanhóis também ganham com isso!
Ah e acho uma vergonha meterem a Igreja a dar sermões sobre o aborto! Já toda a gente sabe que as leis da igreja também condenam o uso de contraceptivos e eles são legais em todo o lado! A Igreja não tem nada de se meter ao barulho relativamente a leis portuguesas, a Igreja tem as suas leis, e os católicos é que têm de obedecer às mesmas! Não têm nada de meter todos os portugueses a obedecer às leis católicas uma vez que cada um tem o direito de escolher a sua religião!
Rita
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